Bento XVI explicou esse sábado às presidentas do Chile e da Argentina que a paz não é só evitar guerras: a paz exige respeito pelo ser humano, apoio à família e luta contra a pobreza e a corrupção.
A inédita celebração dos 25 anos do Tratado de Paz e Amizade, que impediu uma guerra entre ambos países por mediação de João Paulo II, deu oportunidade a Bento XVI de apresentar a Cristina Kirchner e Michelle Bachelet os desafios que ele considera mais urgentes nessas nações latino-americanas.
“A obtenção da paz –disse o pontífice, na Sala Clementina do Palácio Apostólico Vaticano– requer a promoção de uma autêntica cultura da vida, que respeite a dignidade do ser humano em plenitude, unida ao fortalecimento da família como célula básica da sociedade”. http://www.zenit.org/article-23425?l=portuguese
Por sua parte, em uma coletiva de imprensa, Bachelet reconheceu que este acontecimento celebrado no Vaticano é de “enorme relevância”, pois “é a primeira vez na história do Vaticano que dois presidentes juntos participam de um ato destas características”.
Segundo Cristina Fernández uma guerra comprometeria por décadas o futuro de ambos países. Ela acrescentou: “quem é um mediador? É alguém que não está nem de um lado nem de outro, está pela paz”. Por último, agradeceu "a missão de João Paulo II e do cardeal Samoré, “que foram verdadeiros testemunhos de convicção de paz”. http://www.zenit.org/article-23422?l=portuguese
Muitos eventos como esse marcam realmente a importância do significado da figura pontifícia e carismática do Papa João Paulo II. Alguns Papas foram criticados pela sua não influência diante de assuntos temporais, como o famoso caso do silêncio do Papa Pio XII, mas ninguém pode negar o grande e visível trabalho pastoral de João Paulo II em assuntos de nível internacional durante o seu período pontifício. No caso de Pio XII, foi um silêncio prudente diante de um mundo em guerra, onde a Igreja realmente teve que buscar a melhor maneira de ajudar aos judeus, principalmente aqueles que viviam em Roma naquele período. Com João Paulo II, aquilo que vemos é um Papa Mediático e Carismático que experimentou na própria vida a dor da guerra e concretamente fez o possível para buscar a paz entre os homens com o seu Ministério e testemunho.
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